Um jogo diferente de Endeavor
- Metelo
- 2 de jan. de 2019
- 3 min de leitura
Quinta passada consegui uma tarde livre e fui na Legion para jogar alguma coisa. Um amigo pediu para levar o Endeavor e o Gizmos.
Tive uma agradavel surpresa, pois passamos o dia jogando Gizmos (quatro vezes) e Endeavor (duas vezes).
Apesar de ser um jogo muito legal que eu curto bastante, o Gizmos não apresentou nada surpreendente e interessante de fazer um post sobre. Se bem que o Will juntou um combo que toda vez que fazia uma construção, ele enchia a energia toda dele e ainda tinha de jogar umas duas ou três energias fora. Era muito legal ver a máquina dele rodar todo turno.
Já no Endeavor, uma das partidas apresentou uma situação que não via a muito tempo. Um jogo sem conflito, onde poucas ações de canhão foram usadas o que gerou uma partida muito incomum de três jogadores.
Antes de começar, vale comentar um pouco como o Endeavor é jogado. Em Endeavor cada jogador controla um Império Europeu tentando colonizar o mundo e ganhar o máximo de Glória (VP) possível. Isso é feito conquistando territórios, abrindo novas colônias no novo mundo e avançando suas tracks em Indústria, Cultura, Finanças e Politica. Cada uma dessas dando VPs para seu império no fim do jogo. Mecanicamente, todo turno você compra um prédio novo baseado no nível da sua Indústria. Baseado no nível da sua Política e Finanças você traz de novos trabalhadores e libera os seus prédios ocupados no turno anterior. Esses prédios oferecem ações que podem ser: colonizar um espaço (bandeira); atacar um espaço ocupado por um oponente (canhão); enviar desbravadores para abrir as colônias no mundo novo (navio); e pegar cartas na Europa ou nas colônias abertas (caixa). Com essas 4 ações você cresce o mundo conhecido e a influência do seu império.
Em geral as partidas de três jogadores, tem muita briga por território na Europa. Normalmente só 1 ou 2 colônias acabam sendo abertas para colonização. Ao mesmo tempo, a escravidão é abolida no começo do jogo. Foi exatamente isso que ocorreu na segunda partida do dia.
Já a primeira partida de Endeavor foi completamente diferente. E ao analisar a partida, fico com a impressão que isso ocorreu porque nenhum dos jogadores focaram em prédios com a ação do canhão. Quem pegou prédios com canhão somente usou o prédio para colonizar e nunca para atacar.
A falta de agressão gerou uma situação bem incomum que só fui perceber no final da quinta rodada. Pouco interesse nas cartas da Europa, e estávamos a ponto de abrir a terceira colônia para ocupação.

Na verdade, no fim do jogo fizemos coisas que são raras até em jogos de 5 jogadores. Abrimos ao todo 4 colônias, ocupamos todos os espaços disponíveis no tabuleiro e chegamos ao fim do deck de múltiplas colônias. Por pouco, mas muito pouco mesmo, não abrimos a quinta colônia.

O legal de termos tantas colônias abertas, e que permitiu que todos pegassem múltiplas cartas de nível 3, 4 e 5 para colocar nos nossos tableus, o que permitiu fazer uns dos scores mais altos que já vi no jogo, independente do número de jogadores. Tanto o Will como eu chegamos próximo de 60 pontos, enquanto o placar normal é na faixa dos 40 a 45 pontos com um ou outro caso de jogador que marca 50 pontos.
Outra coisa interessante que aconteceu foi a falta da corrida para terminar com a escravidão e atrapalhar um ou dois jogadores que investiram demais nas cartas de escravos. Só que isso não ocorreu nessa partida. Provavelmente, porque capturar o espaço aberto nas colônias foi mais interessante que correr o deck europeu e se envolver em batalhas para controlar 5 áreas na Europa para pegar a carta da abolição.
Definitivamente, uma partida incomum e bastante diferente das partidas "normais" de três jogadores que tive no passado.
Notem que a versão jogada foi a original de 2008, e não a reprint que ocorreu em 2018, e que eu fico numa dúvida tremendo se pegarei o jogo novo ou não para a coleção.
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