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Terra Mystica X Gaia Project

  • Foto do escritor: Metelo
    Metelo
  • 19 de out. de 2018
  • 3 min de leitura

Ontem a tarde fui a Legion no centro de Niterói. Lá jogamos uma excelente partida de Terra Mystica (2012). O irmão mais velho do jogo extremamente popular aqui no Brasil: Gaia Project (2017).


Ambos os jogos compartilham o mesmo sistema, mas os temas são diferentes - fantasia versus exploração espacial.


Na partida de ontem, pude jogar com os Faquires contra as Damas da Neve e os Metamorfos. Além disso utilizamos a expansão Fire & Ice, onde um objetivo adicional de pontos é adicionado ao jogo assim como o mapa da expansão.


Infelizmente o jogo não foi muito bom para os faquires. Como foi a primeira vez que joguei com eles cometi alguns erros bem graves que causaram um placar bem fraco. Para piorar ordenei mal as construções, custando pontos preciosos durante o jogo. O que resultou no seguinte mapa final:


Mas de qualquer forma foi uma ótima experiência jogando esse excelente jogo mais uma vez após muitas partidas de Gaia Project.


Claro que, após o final da partida, entramos numa discussão sobre o Terra Mystica comparado ao Gaia Project e qual dos jogos preferimos. Obviamente a decisão não foi unanime. E para entender a razão é necessário entender as diferenças entre os jogos. Comparando o Terra Mystica com o Gaia Project temos as seguintes diferenças:

  • Tema.

  • Mapa Variável.

  • Critério diferenciado de pontos no fim do Jogo.

  • Régua para contabilizar recursos.

  • Planetas do tipo Gaia e Gaiaformers.

  • Q.I.C - Os cubos verdes.

  • Seis "Templos de Tecnologia" com bonus ao avançar em cada um deles.

  • Satélites para interconectar seus planetas.

Olhando em cada uma das diferenças, cheguei a conclusão que o Gaia Project tem vantagem, na minha opinião, em:

  • Tema - tudo no espaço é melhor.

  • Critérios variados de pontos no fim do jogo - Faz o fim do jogo muito mais interessante, mas a expansão do Terra Mystica inclui essa mecânica.

  • "Templos" extras com bonus focados na área do templo, pois os templos de Terra Mystica são completamente genéricos e usados para rodar o seu poder.

  • Mapa variável - não adiciona tanto valor, especialmente quando a expansão é levada em conta onde os 3 mapas com 20 raças provem tanta variabilidade que o trabalho extra de montar o mapa acaba não fazendo tanta diferença. Nesse tópico especifico quero relatar que ja joguei ambos os jogos várias vezes, mas não cheguei em múltiplas dezenas de partidas jogadas, e talvez isso seja a razão de eu não perceber o mapa variável como uma vantagem, e apenas como uma característica legal de ter.

Por outro lado, o Terra Mystica se sai melhor nos quesitos:

  • Régua de recursos - infelizmente eu gosto de ter os cubos, moedas e priests em mão para organizar o turno. Simplesmente marcar na régua quantos recursos você tem não me agrada tanto como a solução em Terra Mystica.

  • Planeta Gaia e Gaiaformers não me agradaram como solução para adicionar um tipo de planeta.

  • Q.I.C - foi uma solução nada elegante para a navegação sem o uso da trilha de tecnologia, assim como criar um recurso de múltiplo usos para arredondar um jogo q não funcionaria tão bem sem ele. Pessoalmente, acho que agrega mais confusão que valor.

  • Satélites - a outra metade de como implementar navegação no Gaia Project e permitir conectar áreas distantes. Não é uma má solução, eu entendo porque é necessário no jogo, mas e um outro elemento que não é um bom design na minha opinião.

Adicionalmente, quando consideramos essas características todas no gameplay, o Gaia project se torna um jogo:

  • Menos punitivo - erros não são tão impactantes.

  • Com uma complexidade maior para ensinar

  • Que pode facilmente inundar um jogador com escolhas demais.

  • Apresentar várias armadilhas para induzir jogadores a má jogadas que tem pouco impacto no resultado.

Quando levo minha avaliação das diferenças entre os jogos, e o impacto dessas diferenças no gameplay, sou obrigado a dizer que Terra Mystica é, para mim, um jogo superior. Claro que algumas das razões são subjetivas - eu gosto de jogo punitivo, por isso prefiro o Through the Ages original e não a nova versão. Mas no fundo no fundo, a sensação que tenho é que o Gaia Project adiciona muita coisa para criar um jogo mais confusão e não tão elegante como seu irmão mais velho. Como falamos em inglês: Less is More!

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