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Teotihuacan - Review

  • Foto do escritor: Metelo
    Metelo
  • 27 de out. de 2018
  • 4 min de leitura

Teotihuacan é o novo jogo publicado pela NSKN no USA e na Europa, que aparentemente virá para o Brasil através da Bucaneiros em algum momento após a Essen e o fim de 2019. A boa notícia é que o jogo é completamente independente de linguagem, então fora o manual, não tem muita coisa para traduzir.


Em Teotihuacan você tenta ganhar pontos, primariamente, através da construção da pirâmide do Sol:


Pirâmide do Sol em Teotihuacan - México

Perdão, no jogo construímos essa pirâmide:


Pirâmide do Jogo Teotihuacan

Outras formas de marcar pontos incluiu desenvolvimento de tecnologias que ajudam os trabalhadores, coletar máscaras cerimoniais e avançar sua influência nos templos dos deuses, templos esses que proveem benefícios ao longo do jogo e um grande bônus no fim do jogo se sua estratégia for compatível com o bônus de cada templo. Por fim, a construção de casas na rua dos mortos gera pontos ao longo do jogo, permitindo assim você a levar sua força de trabalhadores a vitória.


Calle de los Muertos - Teotihuacan, México. Em cima da Pirâmide da Lua

Em termos de mecânicas, o jogo se baseia em um Rondell configurável. Cada posição do Rondell pode ser a padrão no tabuleiro, ou distribuída aleatoriamente para sequenciar a ordem de ações de uma forma diferente e portanto mudando os padrões de movimento no Rondell.


Desse modo, a ação principal no jogo, e mover um trabalhador, no jogo representado por um dado, 1, 2 ou 3 espaços movendo ele de uma posição do Rondell para outra. Calma para a galera que não gosta de dados, pois o dado é usado apenas para representar a experiência do seu trabalhador, e não é rolado durante o jogo.


Dentro de cada posição do Rondell, existe um mini-jogo de alocação de trabalhadores em que você precisa decidir qual benefício você receberá por ter parado naquela posição durante o seu turno. E em vários locais a experiência do trabalhador dará uma ação mais poderosa no Rondell. Adicionalmente, é dentro desses espaços que seus trabalhadores podem ganhar experiência - subir o número no dado em 1.



Tabuleiro do Teotihuacan com uma possível configuração do Rondell

Uma coisa interessante do jogo é que custa Cacau - o dinheiro do jogo - para você ir em um local que já possui trabalhadores. Na verdade para cada cor de dados no local você paga um cacau. Então existe o dilema de ir num local primeiro por ser mais barato, versus ir num local em que você ja tem dados para fazer uma ação mais poderosa mas pagando cacau para realiza-la, pois em geral as ações ficam mais poderosas quando você tem mais dados em um espaço e quando usá trabalhadores mais experientes. Por exemplo, na construção da pirâmide se você tiver 1 dado no local, você pode apenas construir uma peça da pirâmide. Com dois 2 ou 3 dados você pode construir 2 ou 3 peças respectivamente.


Local de construção da pirâmide. Mais dados permitem construir mais blocos

O jogo em si dura 3 eras, sendo que o fim de uma era e dada quando o marcador do sol encontra o marcador de Eclipse, e um round intermediário de Scoring ocorre. O marcador do sol avança um espaço após o fim do turno, dando em torno de 10 ativações para cada era para um jogador. No fim de uma era, é preciso pagar seus trabalhadores com cacau ao fim de uma era. Adicionalmente, o jogo pode acabar antecipadamente se a construção da pirâmide for concluída.


Track de eclipse e sol.

No que diz respeito a ações no Rondell, você possui as seguintes opções:

  • Produzir recursos - Madeira, pedra e Ouro.

  • Construir a Pirâmide.

  • Construir casa na Rua dos Mortos e avançar seu marcador na avenida.

  • Desenvolver uma tecnologia.

  • Pedir favores no palácio.

De modo geral, nos espaços também e possível mandar o trabalhador para o um templo específico e aumentar sua influência nesse templo além de coletar um token que pode ser uma máscara (elemento de set collection no jogo) ou um bônus que pode ser ativado uma vez no jogo.


Além disso, você pode, no espaços de produção, coletar cacau baseado no número de cores diferentes no local no lugar de coletar os recursos. Sendo essa a principal forma de conseguir "dinheiro no jogo".


Adicionalmente, toda vez que um trabalhador vira para o número 6, ele "ascend". Isso faz com que ele vire para o lado 1, mova para o palácio, avance o marcador do sol (sim, reduzindo o tamanho da era) e coletar um belo benefício para o jogador.


Ao final da terceira era, o bônus dos templos são pontuados para quem conseguiu avançar o bastante nos templos, e o jogador com mais pontos ganha o jogo.


Falando sobre a minha opinião sobre o jogo tenho de dizer que acho o jogo excelente e provê um quebra cabeça complicado e bastante interativo pela pressão de ir em lugares com muitos dados versus fazer uma ação mais fraca sem custo adicional. Achei o tema bem integrado levando em considerações várias das características do sítio arqueológico de Teotihuacan - que fica menos de 1h da Cidade do México. Mesmo assim a integração do tema não causa imersão no mesmo. No fundo Teotihuacan é um jogo coleta de recursos para converter em pontos de vitórias através de múltiplos métodos para fazer isso.


O jogo é apertadíssimo em termos de gerência de recursos. Você está sempre brigando entre ser o primeiro em uma ação versus amplificar o poder da ação por conta de concentrar os dados. Além disso, o jogo faz uso de um Rondell, que é uma das minhas mecânicas favoritas, o que já faz eu apreciar esse jogo ainda mais.


Confesso que a quantidade de pontos obtidos pela construção do templo é uma fonte significativa dos pontos de vitória de um jogador, forçando todo mundo a pelo menos participar da construção, e isso não me agrada muito, pois prefiro jogos onde temos mais liberdades para formular a estratégia. Infelizmente, até o momento não parece ser viável ganhar uma partida sem construir alguns tiles do templo. Felizmente, ainda existem bastante opções para você complementar seus pontos através de outros caminhos e balancear essas opções e importantíssimo.


Saindo um pouco do universo de jogo, e falando sobre a cidade de Teotihuacan (nome dado pelos Aztecas por volta de 550 AD, muito depois da sua fundação), fiquei impressionado como os Maias tinha pés pequenos, pois os degraus nas escadas não cabiam metade do meu pé. Subir a pirâmide do Sol e da Lua na ponta do pé foi complicado, e definitivamente me fez sentir bem em nunca ter sido uma bailarina. Caso você tenha interesse em saber um pouco mais sobre o sítio arqueológico, eis o link para Teotihuacan na Wikipedia. Confesso que foi uma das atrações mais interessante da minha visita a Cidade do México.

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