Meu Top 5 Jogos de Brasileiros
- Metelo
- 5 de mar. de 2019
- 4 min de leitura
Desculpe o sumiço durante essas duas semanas, mas tive um pequeno probleminha que me deixou incapacitado por uns dias, e desde então estou apenas tentando recuperar o tempo perdido.
Mas o mundo continua a rodar, então vamos voltar volta para boardgames. Em vários posts do blog eu mencionei quais são os meu Top 10 jogos. Infelizmente nenhum jogo de designer Brasileiro está na minha lista por enquanto. Mas isso não ocorreu por eu achar que os jogos brasileiros não são tão bom quanto os americanos, alemães ou italianos, mas sim por uma questão de falta de oportunidade.
Claro, que eu cresci jogando jogos brasileiros: War, War II, Supremacia, Banco Imobiliario (quem nunca jogou algum desses quando criança que atire a primeira pedra). Mas quando entrei na faculdade começou o processo de conhecer Dungeons and Dragons, Euros e Ameri-trashes - que ainda não eram tão refinados como são hoje. Por volta de 1998, quando mudei para Atlanta, já tinha completamente transformado meu gosto dos jogos da infância para os jogos hoje chamados modernos.
Desde então estive completamente desligado do mercado brasileiro de boardgames. Somente após meu retorno ao Brasil, e ter descoberto o falecido The Meeple aqui em Niterói- no começo de 2017. Logo no primeiro evento que minha esposa e eu fomos fui apresentado a um jogo de designer brasileiro que minha esposa me mandou comprar na mesma hora - não vou estragar a surpresa, pois ele está na lista. E desde então me interessei em conhecer jogos de designers brasileiros e adicioná-los na coleção se eu e/ou minha esposa curtimos os jogos.
Sem mais demora, eis os meu top 5 jogos com designers brasileiros:
#5 - Song of Fire and Ice - Michael Schinall

Eu sei, é meio controverso, mas até onde eu sei, ele tirou a cidadania Brasileira, pois a mãe dele é Brasileira natural de São Paulo. E vamos ser honestos, é um tremendo jogo que o Michael montou com o Erik Lang que leva de volta as origens dele jogando Mage Knight da Wizkids em 2001. Claro, que com as bandejas ficou muito mais fácil para gerenciar um grande número de figuras dentro de uma única partida - se você tentou jogar uma partida de 12.000 pontos de Mage Knight você sabe o quão difícil e gerenciar a quantidade de figuras na mesa.
#4 Aquarium - Marcos Macri

Aquarium é um Euro onde você está brigando contra o consumo de oxigênio nas colônias embaixo da água enquanto tenta crescer com seus colonistas e laboratórios. Cada ação você ativa um especialista num local e troca ele de local com outro. E em em cada duas rodadas é necessário consumir oxigênio em todos os módulos ocupados. Se não tiver oxigênio, você perde ponto e colonistas no módulo. Isso sem contar o sabotador, que permite tirar oxigênio de um módulo e permitindo muita treta no jogo. O que me impressiona muito no jogo é a quantidade de interação que ele permite entre os jogadores, seja dando cortada no especialista que o amiguinho precisa, seja tomando o último lugar num dos domos ou seja negociando quem vai botar oxigênio em que domos para manter seus colonos e labortórios operacionais.
#3 Gnomopolis - IGor Knop

Mesmo antes de voltar para o Brasil eu já acompanhava o canal do Igor no YouTube. Então já sabia do conhecimento dele em termos de Boardgames. Por isso ao saber que ele estava desenvolvendo um jogo, já imaginava que viria um jogo limpo, rápido, e com um sistema de pontuação muito criativo. Em Gnomopolis você compra gnomos de uma caneca e com ele faz ações que permite construir prédios, especializar gnomos (cores diferentes) e coletar novos gnomos. No final, você marca pontos por moedas coletadas, os especialistas do tipo de prédio e por gnomos que tem casa. Se um gnomo não tiver casa, então então você perde pontos. Minha grande crítica ao jogo: as canecas, se fossem saquinhos a caixa poderia ter sido metade ou um terço do tamanho e muito mais fácil para guardar na estante.
#2 Grasse - Moisés Pacheco de Souza, Bianca Melyna

Vou confessar, quando vi o tema - fabricar perfume - o jogo não me empolgou. Mas decidi ler as regras e acompanhar um Playthrough. Durante o playthrough já fiquei interessado com o sistema de recursos do jogo, pois além de original, é genial. Além disso a variabilidade das ações disponíveis cria uma experiência diferente em cada partida. Isso sem esquecer a variação nos pontos para cada uma das categorias de fim de jogo e a disputa pelas fábricas de perfume. Inclusive, durante um bate-papo com um amigo, mencionamos que se colocassem um logo da Stegmaier Games no jogo, eu não saberia dizer que não era publicado por eles. Excelente produção de um jogo de altíssima qualidade.
#1 Sonhando Com Alice - Daniel Alves

O Simples fato de minha esposa já ter jogado o Sonhando com Alice mais de 20 vezes já é impressionante. Junta a isso, ela ter comprado o jogo imediatamente após jogarmos o jogo 3 vezes seguidas no The Meeple já era uma boa indicação da qualidade do jogo. Só para vocês terem uma ideia, os únicos jogo que ela fez isso foi o Brief History of the World (que está vindo para o Brasil pela Galápagos na versão do Z-Man) e o Stone Age. Sendo honesto, o tema não me interessou de cara, mas ao jogar o jogo e perceber a integração do tema com as mecânicas, realmente me surpreendeu muito. Parabéns ao Daniel Alves por criar esse jogo incrível que mesmo com quase 30 partidas jogadas ainda apresenta novas surpresas e estratégias.
Antes de terminar, quero listar alguns jogos que ficaram na lista de possíveis candidatos, mas ainda nao tive chance de jogar, ou realmente ficaram na sexta ou sétima colocação: Império Lendário, Masmorra: Dungeons of Arcadia (não considerei a versão nacional), Caçadores das Galáxias. Mas esses jogos listados, não deixam nada a desejar para nenhum jogo de qualquer designer Europeu ou Americano.
Comments